Ueslei Marcelino/21.03.2017/Reuters |
O ministro
da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou há pouco ao Estadão que a
China reabriu o mercado para importação de carne brasileira. Maggi avaliou que
a decisão é um ponto de inflexão na crise aberta após as revelações da Operação Carne Fraca,
deflagrada na última semana pela Polícia Federal.
Os
desembaraços aduaneiros, que estavam suspensos, serão retomados a partir da
próxima segunda-feira (27), com algumas restrições. Serão bloqueados os
produtos fabricados na SIF350, planta da JBS localizada na Lapa, no Paraná.
Além disso, também ficarão retidos os produtos que tiverem os certificados
assinados por pessoas investigadas.
— São sete
fiscais com problemas, e as cargas que eles assinaram estão suspensas. O resto
está liberado.
Para o
ministro, a liberação da China "era uma batalha importante" devido à
influência sobre outro mercado.
— Acho que
Hong Kong, como é um entreposto, tem muito mercado com a China. Se a China nos
liberou, não tem porque eles nos manterem suspensos. Foi importante por todo o
trabalho que foi feito essa semana.
Agora,
o objetivo é ir "atrás dos mercados que ainda não retomaram (a importação
da carne brasileira)".
O Egito, por
sinal, também reabrirá a importação da carne nacional na segunda (27).
Levantamento
divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Agricultura revelou que 22
países ou blocos econômicos já suspenderam total ou parcialmente as importações
de carne brasileira após as revelações da Operação Carne Fraca, da Polícia
Federal.
São 13 os
países que suspenderam as compras do produto brasileiro: Hong Kong, China,
Chile, Argélia, Jamaica, Trinidad e Tobago, Panamá, Catar, México, Bahamas, São
Vicente e Granadinas, Granada e São Cristóvão e Névis — estes dois últimos não
constavam do balanço divulgado ontem pela pasta. O balanço do Ministério
da Agricultura também mostrou que quatro países apenas aumentaram a
fiscalização sanitária sobre a carne brasileira, dentre eles Estados Unidos,
Coreia do Sul, Malásia e Argentina.
Estadão
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