sábado, 25 de março de 2017

China reabrirá importação de carne brasileira na segunda (27)

Ueslei Marcelino/21.03.2017/Reuters
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou há pouco ao Estadão que a China reabriu o mercado para importação de carne brasileira. Maggi avaliou que a decisão é um ponto de inflexão na crise aberta após as revelações da Operação Carne Fraca, deflagrada na última semana pela Polícia Federal.

Os desembaraços aduaneiros, que estavam suspensos, serão retomados a partir da próxima segunda-feira (27), com algumas restrições. Serão bloqueados os produtos fabricados na SIF350, planta da JBS localizada na Lapa, no Paraná. Além disso, também ficarão retidos os produtos que tiverem os certificados assinados por pessoas investigadas.

— São sete fiscais com problemas, e as cargas que eles assinaram estão suspensas. O resto está liberado.

Para o ministro, a liberação da China "era uma batalha importante" devido à influência sobre outro mercado.

— Acho que Hong Kong, como é um entreposto, tem muito mercado com a China. Se a China nos liberou, não tem porque eles nos manterem suspensos. Foi importante por todo o trabalho que foi feito essa semana.

Agora, o objetivo é ir "atrás dos mercados que ainda não retomaram (a importação da carne brasileira)".

O Egito, por sinal, também reabrirá a importação da carne nacional na segunda (27).

Levantamento divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Agricultura revelou que 22 países ou blocos econômicos já suspenderam total ou parcialmente as importações de carne brasileira após as revelações da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

São 13 os países que suspenderam as compras do produto brasileiro: Hong Kong, China, Chile, Argélia, Jamaica, Trinidad e Tobago, Panamá, Catar, México, Bahamas, São Vicente e Granadinas, Granada e São Cristóvão e Névis — estes dois últimos não constavam do balanço divulgado ontem pela pasta. O balanço do Ministério da Agricultura também mostrou que quatro países apenas aumentaram a fiscalização sanitária sobre a carne brasileira, dentre eles Estados Unidos, Coreia do Sul, Malásia e Argentina.

Estadão Conteúdo

O silêncio de Bolsonaro não é inocente

                 A reclusão do presidente contrasta com seu ativismo digital, mina sua credibilidade como futuro líder da oposição e deve en...