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Depois de
ter sido visto em conversa com a advogada da JBS Fernanda Tórtima, na
última sexta-feira (22), o procurador Sidney Pessoa Madruga, escolhido pela
nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para ser coordenador do
Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe), pediu exoneração do
cargo.
No diálogo,
flagrado pela Folha de S. Paulo, durante almoço em um restaurante do Lago Sul,
em Brasília, ambos falaram sobre a CPI da JBS e a respeito dos rumos da Lava
Jato. Madruga chegou a afirmar que a nova gestão da PGR precisaria construir
outra relação com os procuradores da força-tarefa em Curitiba.
O ideal, avaliou ele, seria ter mais
interlocução e controle do que a gestão anterior, chefiada por Rodrigo Janot,
que teria deixado a força-tarefa muito solta.
Um dos nomes
da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol fez referência ao ocorrido, em
palestra no último sábado (23), e mandou um recado à Dodge. "Ninguém pode
mandar dizer o que a gente faz ou deixa de fazer em Curitiba”, afirmou.
Ao falar para
universitários em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, Dallagnol
também lamentou o fracasso das dez medidas contra a corrupção no Congresso
Nacional, mas anunciou uma nova estratégia, que atuará para tentar convencer os
eleitores a votarem apenas nos políticos que apoiem o pacote.
“É preciso
colocar no Congresso quem se vincule a um pacote anticorrupção consistente. O
objetivo é uma renovação da classe política tendo como pré-requisito o apoio ao
pacote”, afirmou Dallagnol. “Não que seja um critério único, porque a sociedade
é plural, tem múltiplas preferências em várias áreas da vida, e essas
preferências devem ser representadas. Mas um requisito para que represente essas
preferências é o compromisso inabalável com o interesse público”, disse.
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