© Reuters Forças Armadas durante intervenção federal no Rio de Janeiro, dia 21/02/2018 |
Se a intenção do governo Michel Temer com a intervenção
federal na segurança pública do Rio de
Janeiro era (como dizem alguns
analistas) mudar sua rota negativa de impopularidade, ele pode (em certa medida)
estar no caminho certo — pelo menos segundo sondagem do Instituto Paraná
Pesquisas divulgada nesta quarta-feira (21).
Segundo o instituto de
pesquisas, 74% dos entrevistados aprovam a medida decretada por Temer na última
sexta-feira (16) e chancelada pelo Congresso Nacional nesta semana. Apenas
20,5% dos participantes se declararam contra a intervenção e outros 5,4% não
quiseram opinar.
67,6% deles afirmaram que
aprovariam uma eventual intervenção federal em suas respectivas cidades contra
27,6% que se opõem à ideia.
A sondagem mostra, porém, que
o grau de aceitação e rejeição da medida varia conforme o nível de instrução do
entrevistado.
Assim, 77,9% e 73,6% dos
entrevistados que concluíram até o ensino fundamental afirmam, respectivamente,
que aprovaram a intervenção federal no Rio e apoiariam uma medida semelhante em
suas cidades. Entre quem tem até o ensino superior, a proporção cai para 67,1%
e 58,8%, na mesma ordem.
Em vigor desde a última
sexta, a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro vale até 31 de
dezembro deste ano. Enquanto estiver em vigor, o general Walter Braga Netto, do
Comando Militar do Leste, será o interventor no Estado e terá o comando dos
aparelhos de segurança do Rio, como as Polícias Civil e Militar.
Uma série de dúvidas e
polêmicas aindam cercam a medida. Por exemplo, um dos principais debates
da semana foi a declaração do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que a
intervenção demandaria
mandados de busca e apreensão coletivos, quando a Justiça autoriza a
aplicação dessas medidas para aplicação em uma área mais abrangente. Após
a repercussão negativa da proposta, o governo voltou
atrás e suspendeu a possibilidade de adoção da medida.
A pesquisa online foi feita
com 2882 pessoas de 215 municípios nos dias 19 e 20 de fevereiro. A margem de
erro é de 2% com um grau de confiança de 95%.
Por Talita
Abrantes – Exame.com